domingo, 28 de novembro de 2010

Revelações do livro-entrevista de Bento XVI

"Ser cristão é em si mesmo algo vivo, moderno, que atravessa toda a modernidade, formando-a e moldando-a, e, portanto, em certo sentido realmente a abraça. Aqui se necessita de uma grande luta espiritual..."


Passagens antecipadas pelo jornal vaticano

Apresentamos algumas passagens que o L’Osservatore Romano antecipou nesse domingo do livro “Luz do mundo”, que recolhe conversas de Bento XVI com o jornalista alemão Peter Seewald.

* * *
Alegria do cristianismo

Toda minha vida esteve sempre atravessada por um fio condutor, que é este: o cristianismo dá alegria, amplia os horizontes. Em definitivo, uma existência vivida sempre e apenas “em contra” seria insuportável.

Mendigo

No que se refere ao Papa, também ele é um pobre mendigo frente a Deus, ainda mais que os demais homens. Naturalmente rezo, em primeiro lugar, sempre ao Senhor, ao qual estou vinculado, por assim dizer, por uma antiga amizade. Mas invoco também os santos. Sou muito amigo de Agostinho, de Boaventura e de Tomás de Aquino. Portanto, digo a eles: “ajudem-me!”.

A Mãe de Deus é sempre e de todos os modos um grande ponto de referência. Nesse sentido, integro-me na comunhão dos santos. Junto a eles, reforçado por eles, falo, e também com o bom Deus, sobretudo mendigando, mas também agradecendo; ou simplesmente porque estou contente.

Dificuldades

Que a atmosfera não seria sempre alegre era evidente. Dada a atual constelação mundial, com todas as forças de destruição que existem, com todas as contradições que se dão nela, com todas as ameaças e os erros. Se eu tivesse continuado recebendo apenas aprovações, teria de me perguntar se estava realmente anunciando todo o Evangelho.

Abusos sexuais

Os fatos não me pegaram totalmente de surpresa. Na Congregação para a Doutrina da Fé, eu me tinha ocupado dos casos norte-americanos; tinha visto aumentar também a situação na Irlanda. Mas as dimensões, de todos os modos, foram um choque enorme. Desde minha eleição à Sé de Pedro, tinha-me encontrado repetidamente com vítimas de abusos sexuais. Há três anos e meio, em outubro de 2006, em um discurso aos bispos irlandeses, pedi-lhes “estabelecer a verdade do ocorrido no passado, tomando todas as medidas necessárias para evitar que se repita no futuro, assegurar que os princípios de justiça sejam plenamente respeitados e, sobretudo, curar as vítimas e todos aqueles que foram afetados por estes crimes abomináveis”. Ver o sacerdócio de repente sujo deste modo, e com isso a própria Igreja Católica, foi difícil de suportar. Nesse momento era importante, no entanto, não separar a vista do fato de que na Igreja o bem existe, e não só estas coisas terríveis.

Media e abusos

Era evidente que a ação dos meios de comunicação não estava guiada pela pura busca da verdade, mas tinha também uma complacência em ridicularizar a Igreja e, se fosse possível, desacreditá-la. E, no entanto, era necessário que isso ficasse claro: desde o momento em que se tenta levar a verdade à luz, devemos dar graças. A verdade, unida ao amor corretamente entendido, é o valor número um. E os meios de comunicação não teriam podido dar aqueles informes se na própria Igreja não houvesse dado o mal. Só porque o mal estava dentro da Igreja os outros puderam lançá-lo contra ela.

Intolerância

A verdadeira ameaça diante da qual nos encontramos é que a tolerância seja abolida em nome da própria tolerância. Está em perigo de que a razão, a assim chamada razão ocidental, sustente ter reconhecido finalmente o que é correto e avance assim em uma pretensão de totalidade, que é inimiga da liberdade. Considero necessário denunciar com força esta ameaça. Ninguém está obrigado a ser cristão. Mas ninguém deve ser obrigado a viver segundo a “nova religião”, como se fosse a única e verdadeira, vinculante para toda a humanidade.

Mesquitas e burcas

Os cristãos são tolerantes e, como tais, permitem também aos demais sua peculiar compreensão de si. Alegramo-nos pelo fato de que em países do Golfo Árabe (Qatar, Abu Dabi, Dubai, Kuwait) haja igrejas nas quais os cristãos possam celebrar a Missa e esperamos que ocorra assim em todas as partes. Por isso, é natural que também em nossas terras os muçulmanos possam-se reunir em oração nas mesquitas. Pelo que se refere à burca, não vejo razão de uma proibição generalizada. Diz-se que algumas mulheres não o usam voluntariamente, mas que, na realidade, é um tipo de violência imposta. Está claro que com isso não se pode estar de acordo. No entanto, se querem usá-lo voluntariamente, não vejo porque teria de se impedir.

Cristianismo e modernidade

Ser cristão é em si mesmo algo vivo, moderno, que atravessa toda a modernidade, formando-a e moldando-a, e, portanto, em certo sentido realmente a abraça. Aqui se necessita de uma grande luta espiritual, como quis mostrar com a recente instituição de um Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização. É importante que tentemos viver e conceber o cristianismo de tal modo que assuma a modernidade boa e correta e, ao mesmo tempo, afaste-se e distinga-se daquela que está-se convertendo em uma contra-religião.

Otimismo

Poder-se-ia contemplar com superficialidade e restringir o horizonte só ao mundo ocidental. Mas se se observa com mais atenção, e é isso o que posso fazer graças às visitas dos bispos de todo o mundo e também a tantos encontros, vê-se que o cristianismo neste momento está desenvolvendo também uma criatividade de todo nova [...]. A burocracia está desgastada e cansada. São iniciativas que nascem desde dentro, a partir da alegria dos jovens. O cristianismo talvez assumirá um novo rosto, um aspecto cultural diverso. O cristianismo não determina a opinião pública mundial, outros está à guia. E, no entanto, o cristianismo é a força vital sem a qual as outras coisas tampouco poderiam continuar existindo. Por isso, em virtude do que vejo e do que consigo tornar experiência pessoal, sou muito otimista a respeito do fato de que o cristianismo encontre-se frente a uma dinâmica nova.

A droga

Muitos bispos, sobretudo da América Latina, dizem-me que ali onde passa o caminho do cultivo e do comércio da droga, e isso ocorre em grande parte desses países, é como se um animal monstruoso e malvado estendesse sua mão sobre o país para arruinar as pessoas. Creio que esta serpente do comércio e do consumo de droga, que envolve o mundo, é um poder do qual nem sempre conseguimos ter uma ideia adequada. Destrói os jovens, destrói as famílias, leva à violência e ameaça o futuro de nações inteiras. Também esta é uma terrível responsabilidade do Ocidente: tem necessidade de drogas e assim cria países que lhe oferecem aquilo que logo terminará por consumi-los e destruí-los. Surgiu uma fome de felicidade que não consegue se saciar com aquilo que há, e que logo se refugia, por assim dizer, no paraíso do diabo, e destrói completamente o homem. Na

Sexualidade

Concentrar-se só no preservativo quer dizer banalizar a sexualidade e esta banalização representa precisamente o motivo pelo qual muitas pessoas já não veem na sexualidade a expressão de seu amor, mas só uma espécie de droga, que se fornecem por sua conta. Por este motivo, também a luta contra a banalização da sexualidade forma parte do grande esforço para que a sexualidade seja valorizada positivamente e possa exercer seu efeito positivo no ser humano em sua totalidade. Pode haver casos justificados singulares, por exemplo, quando um prostituto utiliza um preservativo, e este pode ser o primeiro passo para uma moralização, um primeiro ato de responsabilidade para desenvolver de novo a consciência sobre o fato de que nem tudo está permitido e de que não se pode fazer tudo o que se quer. No entanto, este não é o verdadeiro modo para vencer a infecção do HIV. É verdadeiramente necessária uma humanização da sexualidade.

Igreja

Paulo não entendia a Igreja como instituição, com organização, mas como organismo vivente, no qual todos trabalham um pelo outro e um com o outro, unidos a partir de Cristo. É uma imagem, mas uma imagem que permite aprofundar e que é muito realista, ainda que só seja pelo fato de que nós cremos que, na Eucaristia, realmente recebemos Cristo, o Ressuscitado. E se cada um recebe o próprio Cristo, então realmente todos nós estamos reunidos neste novo corpo ressuscitado como o grande espaço de uma nova humanidade. É importante entender isso e, portanto, conceber a Igreja não como um aparato que deve fazer de tudo, também o aparato lhe pertence, mas dentro dos limites – mas ainda mais como organismo vivente que provém do próprio Cristo.

Humanae Vitae

As perspectivas da Humanae Vitae continuam sendo válidas, mas outra coisa é encontrar caminhos humanamente praticáveis. Creio que haverá sempre minorias intimamente convencidas da exatidão dessas perspectivas e que, vivendo-as, ficarão plenamente satisfeitas do modo que poderão ser para outros um fascinante modelo a seguir. Somos pecadores. Mas não deveríamos assumir este fato como uma instância contra a verdade, quando essa alta moral não é vivida. Deveríamos buscar fazer todo o possível, e apoiar-nos e suportar-nos mutuamente. Expressar tudo isso também desde o ponto de vista pastoral, teológico e conceitual, no contexto da atual sexologia e pesquisa antropológica, é uma grande tarefa à qual é necessário se dedicar mais e melhor.

Mulheres

A formulação de João Paulo II é muito importante: “A Igreja não tem, de nenhum modo, a faculdade de conferir às mulheres a ordenação sacerdotal”. Não se trata de não querer, mas de não poder. O Senhor deu uma forma à Igreja com os Doze e depois com sua sucessão, com os bispos e os presbíteros (os sacerdotes). Não fomos nós que criamos esta forma de Igreja, mas se constitui a partir d’Ele. Segui-la é um ato de obediência, na situação atual, talvez um dos atos de obediência mais graves. Mas isso é importante: a Igreja não mostra ser um regime do arbítrio. Não podemos fazer o que queremos. Há, em contrapartida, uma vontade do Senhor para nós, à qual nos atemos, ainda que seja fadigoso e difícil na cultura e na civilização de hoje. Por outro lado, as funções confiadas às mulheres na Igreja são tão grandes e significativas que não se pode falar de discriminação. Seria assim se o sacerdócio fosse uma espécie de domínio, enquanto que, pelo contrário, deve ser completamente serviço. Se se lança o olhar na história da Igreja, damo-nos conta de que o significado das mulheres – desde Maria a Mônica, até a Madre Teresa – é tão eminente que as mulheres definem de muitas maneiras o rosto da Igreja mais que os homens.

Vinda de Cristo

É importante que cada época esteja próxima do Senhor. Que também nós mesmos, aqui e agora, estejamos sob o juízo do Senhor e nos deixemos julgar por seu tribunal. Discutia-se sobre uma dupla vinda de Cristo, uma em Belém e uma ao final dos tempos, até que Bernardo de Claraval falou de um Adventus medius, de uma vinda intermédia, através da qual Ele sempre entre periodicamente na história. Creio que encontrou o tom adequado. Nós não podemos estabelecer quando terminará o mundo. Cristo mesmo disse que ninguém o sabe, nem sequer o Filho. Devemos, no entanto, permanecer, por assim dizer, sempre diante de sua vinda, e sobretudo estar seguros de que, no sofrimento, Ele está próximo. Ao mesmo tempo, deveríamos saber que em nossas ações estamos sob seu juízo.

[Traduzido por ZENIT]

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 22 de novembro de 2010 (ZENIT.org)

“Luz do mundo”

"quando se escuta o Papa dessa forma e se está sentado na frente dele, percebe-se não somente a precisão do seu pensamento e a esperança que provém da fé, mas também se torna visível, de forma especial, um esplendor da Luz do mundo, do rosto de Jesus Cristo, que quer ir ao encontro de cada ser humano e não exclui ninguém".

Bento XVI responde ao homem de hoje

Publicado um livro-entrevista sobre o Papa, a Igreja e os sinais dos tempos

"O que você está fazendo comigo?
Agora, a responsabilidade é sua. Você tem de me conduzir! Eu não posso. Se você me escolheu, então também tem de me ajudar."

Isso é o que Bento XVI pôde dizer ao Senhor, com simplicidade, no momento em que foi eleito Papa, segundo ele mesmo explica no livro-entrevista "Luz do mundo.

O Papa, a Igreja e os sinais dos tempos", apresentado hoje no Vaticano.

Ao responder a cerca de 220 perguntas do jornalista alemão Peter Seewald, ao longo de 176 páginas, Bento XVI esclarece questões sobre os desafios da sociedade atual, a fé e a crise da Igreja.

Não faltam suas explicações simples e pedagógicas sobre questões controversas, como o caso Williamson, seu discurso em Ratisbona, os Legionários de Cristo e seu fundador, o uso do preservativo, a indissolubilidade do matrimônio, os homossexuais, suas modificações na liturgia, sua opinião sobre Pio XII, o celibato, o sacerdócio feminino, os nacionalismos, entre outros.

Como um papa reza?

O relato detalhado das suas experiências mais humanas como pontífice é uma das novidades do livro, fruto da terceira sessão de conversas concedidas ao jornalista alemão Peter Seewald, depois das duas anteriores, antes de ser eleito Papa, que foram traduzidas nos livros "O sal da terra" e "Deus e o mundo".

Bento XVI explica em primeira pessoa, por exemplo, como é sua relação pessoal com Deus.

"A oração e o contato com Deus são agora mais necessários e também mais naturais e evidentes que antes", reconhece, e assegura que, em meio à sua intensa atividade, "acontece, sem dúvida, a experiência e a graça de estado".

"Também eu sou um simples mendigo frente a Deus, e mais que todas as demais pessoas - revela.

É claro que rezo sempre em primeiríssimo lugar ao nosso Senhor, com quem tenho uma relação de tantos anos. Mas também invoco o Espírito Santo."

"Entro na comunhão dos santos - acrescenta. Com eles, fortalecido por eles, falo então também com Deus, sobretudo mendigando, mas também agradecendo ou simplesmente com alegria."

Sobre sua eleição como sucessor de João Paulo II, recorda: "Eu tinha certeza de que esse ministério não era o meu destino e que, depois de anos de grande esforço, Deus ia me conceder algo de paz e tranquilidade".

"Nesse momento, só pude dizer para mim mesmo e deixar claro: ao parecer, a vontade de Deus é outra, e começa algo totalmente diferente, novo para mim. Ele estará comigo", explica com humildade.

Bento XVI constata que a responsabilidade de um papa "é realmente gigantesca". Reconhece que percebe que suas forças vão decaindo, que "tudo isso exige demais de uma pessoa de 83 anos", mas destaca que, "graças a Deus, há muitos bons colaboradores".

Ao mesmo tempo, é consciente de que, para responder a todos os requerimentos, "é preciso ater-se com disciplina ao ritmo do dia e saber quando é preciso ter energia".

Em sua vida cotidiana, Bento XVI não pratica esportes; acompanha diariamente as notícias e às vezes também assiste a algum DVD com seus secretários. "Gostamos de ver Don Camillo e Peppone", explica. Também revela que, nos dias festivos, escutam música e batem papo.

Afirma não ter medo de um atentado e reconhece: "Poucas são as pessoas que têm tantos encontros, como eu. Sobretudo, são importantes para mim os encontros com os bispos do mundo inteiro".

Diz sentir-se reconfortado com as muitas cartas que recebe de pessoas simples que o incentivam, assim como presentes e visitas. "Sinto também o consolo 'do alto'; experimento a proximidade do Senhor na oração; e na leitura dos Padres da Igreja, vejo o esplendor da beleza da fé".

Com relação ao seu predecessor, Bento XVI afirma que se sabe "realmente um devedor seu que, com sua modesta figura, procura continuar o que João Paulo II fez como gigante. (...)

Junto aos grandes, tem que haver também pequenos papas que ofereçam o pouco que têm", indica.

Renúncia ao papado

Nas conversas com Seewald, que aconteceram em Castel Gandolfo durante 6 dias do último mês de julho - uma hora por dia -, Bento XVI não fechou a porta à possibilidade de renúncia ao papado.

"É possível renunciar em um momento sereno, ou quando já não se é capaz - disse.

Se o papa chega a reconhecer com clareza que física, psíquica e mentalmente já não pode suportar o peso do seu ofício, tem o direito e, em certas circunstâncias, também o dever de renunciar."

Dos seus 5 anos de pontificado, destaca as viagens a diversos países, a celebração do Ano Paulino, do Ano Sacerdotal e os dois sínodos, sobretudo o da Palavra de Deus.

"Por outro lado, estão esses grandes períodos de escândalo e as feridas na Igreja", indica, mas afirma que elas "têm para nós uma força purificadora e, no final, podem ser elementos positivos".

Com transparência, o Papa também reconhece estar decepcionado com algumas realidades: "Decepcionado sobretudo por existir no mundo ocidental esse desgosto com a Igreja, pelo fato do secularismo continuar tornando-se autônomo, pelo desenvolvimento de formas nas quais os homens são afastados cada vez mais da fé, pela tendência geral da nossa época de continuar sendo oposta à Igreja".

Sincero e próximo

Outra das novidades de "Luz do mundo" é o estilo direto, cheio de liberdade, sinceridade e proximidade. "Nunca antes, na história da Igreja, um papa havia respondido com tanta franqueza às perguntas de um jornalista em uma entrevista direta e pessoal", indica a editora Herder, responsável pela edição espanhola.

Em referência ao título do livro-entrevista, Peter Seewald indica que, "quando se escuta o Papa dessa forma e se está sentado na frente dele, percebe-se não somente a precisão do seu pensamento e a esperança que provém da fé, mas também se torna visível, de forma especial, um esplendor da Luz do mundo, do rosto de Jesus Cristo, que quer ir ao encontro de cada ser humano e não exclui ninguém".

Colocar Deus no centro

"Luz do mundo" inclui também algumas das habituais análises de Bento XVI, claras e concisas, sobre a situação atual da Igreja e do mundo, com a identificação de numerosos problemas e a proposta de respostas e soluções.

"Poderiam ser mencionados muitos problemas que existem na atualidade e que é preciso resolver, mas todos eles só podem ser resolvidos quando se coloca Deus no centro, quando Deus volta a ser visível no mundo", destaca o Papa na entrevista.

Com relação à Igreja, ele garante que ela "vive".

"Contemplada somente a partir da Europa, parece que se encontra em decadência - indica -, mas esta é somente uma parte do conjunto.

Em outros continentes, ela cresce e vive, está repleta de dinamismo."

América Latina

O Papa oferece numerosas referências concretas de vários países. Com relação à América Latina, indica que, "definitivamente, duas são as figuras que fizeram os homens da América Latina crer: por um lado, a Mãe e, por outro, o Deus que sofre".

Finalmente, fala da simplicidade do cristianismo e afirma que, "em nosso racionalismo e frente ao poder das ditaduras emergentes, Ele nos mostra a humildade da Mãe, que aparece a crianças e lhes diz o essencial: fé, esperança, amor, penitência".

(Patricia Navas)

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 23 de novembro de 2010 (ZENIT.org)

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